Centro de exposições projetado por Herzog & de Meuron é aberto na Suíça

Com 38 mil m², novo prédio do Messe Bassel tem três pavimentos com área para restaurante, lojas, bistrô, bar e salão de eventos.
Gustavo Jazra

O novo prédio do centro de exposições Messe Bassel, um dos mais importantes da Suíça, foi aberto na última quarta-feira (13). Com projeto assinado pelo escritório de arquitetura Herzog & de Meuron, o edifício de 38 mil m² é dividido em três andares. Além do espaço para as exposições, o prédio possui um salão de eventos multifuncional, área para restaurante, lojas, bistrô e bar.

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De acordo com os arquitetos, grandes extensões de vidro no hall de eventos criam a transparência necessária para a abertura do complexo à vida urbana pública. O restante da fachada externa do edifício é composta por alumínio, desenhada estrategicamente em módulos em bandas de torção, de modo a diminuir a escala de volume dos ambientes de exposição e permitir a entrada de iluminação natural, assim como de vistas específicas da cidade.
A praça central, batizada de Messeplatz, é iluminada naturalmente através de uma grande aberta circular no teto.

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Edifício projetado por Richard Meier & Partners é concluído em Praga

Projeto integra conjunto de prédios planejados pelo escritório para bairro na capital da República Tcheca.
Gustavo Jazra



As obras do edifício City Green Court, localizado na região de Pankrac, em Praga, capital da República Tcheca, foram concluídas. O prédio é o terceiro de um conjunto de edifícios projetados pelo escritório norte-americano Richard Meier & Partners e completa a superquadra chamada Radio Plaza. Concebido como um volume geométrico, de modo a contrastar com os edifícios situados nos arredores, o design do prédio sustentável incorpora traços herdados do cubismo tcheco.


De acordo com Richard Meier, a vanguarda acreditava que o design convencional restringia e reprimia o verdadeiro significado de um objeto, por isso o rompimento das superfícies verticais e horizontais. "Com a incorporação de ângulos planos em objetos cotidianos, eles tentavam dá-los um dinamismo que os tornassem obras de arte em sua própria razão", disse o arquiteto sobre os cubistas tchecos.
Sendo assim, persianas são dispostas através de painéis sólidos verticais que compõem as fachadas sul e oeste do prédio, seguindo a orientação solar e formando uma parede de cortina. Essas seções possuem, ainda, pequenas varandas, o que contribui para dar uma impressão diferente a elas, segundo os arquitetos.
Através da cobertura que marca a entrada formal do prédio, é possível acessar o saguão de entrada do complexo. Os oito andares que o compõem são organizados a partir de um átrio central aberto, cercado pelos escritórios, e possui uma árvore e parede verde e escadas que levam aos primeiros pavimentos, para minimizar o uso de elevadores. Além disso, o andar da cobertura foi recoberto com um extenso telhado verde, o que contribui para a sustentabilidade do edifício.
Por reduzir o consumo de energia e utilizar materiais amigavelmente ecológicos, o City Green Court recebeu certificação Leed Platinum.

Minas Gerais vai ganhar réplica de teatro londrino

Projeto do Shakespeare Globe Theatre, onde foram encenadas peças do dramaturgo inglês no século 16, será incorporado a complexo cultural mineiro.
Gustavo Jazra

A cidade mineira Rio Acima, localizada a 40 km de Belo Horizonte, vai receber uma réplica do teatro inglês Shakespeare Globe Theatre, construído em Londres no século 16. Com formato poligonal de 20 lados e galerias divididas em três pavimentos, o edifício começa a ser construído em março, em terreno de 20 mil m² cedido pela mineradora Vale ao Instituto Gandarela.

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O projeto prevê a construção de dois anfiteatros, um principal, com capacidade para 1.500 pessoas, e outro menor, que deve comportar 300 espectadores. O auditório principal do Shakespeare Globe Theatre possui formato semicircular, o que permite maior interação entre atores e plateia.
Responsável pela reconstituição do projeto original, o arquiteto britânico Peter Mc Curdy promete garantir a preservação de todos os elementos originais do teatro no que diz respeito à formatação da planta e rigorosas regras de edificação. Apesar disso, são estudados os melhores materiais construtivos para atender às características climáticas da região mineira e os elementos para trazer personalidade à versão brasileira, tais como cores, materiais e referências à cultura do País. Mc Curdy é especialista no edifício e foi indicado pela própria entidade mantenedora do teatro, a Shakespeare Globe Trust, para executar o projeto.
De acordo com o Instituto Gandarela, a réplica do teatro deve provocar curiosidade e atrair mais público, por se tratar de um edifício igual ao que as peças shakespearianas foram inicialmente encenadas. A previsão é de que o teatro seja concluído em 2016, ano em que serão celebrados os 400 anos da morte do dramaturgo inglês.
O teatro será erguido em um complexo cultural constituído por cinema, biblioteca, escola para formação de atores, restaurante e jardim. Uma arena de circo e salas para oficina de treinamento profissional e artístico também farão parte do espaço. Segundo o Instituto, a intenção do complexo é promover a "atuação de profissionais das artes cênicas e de todas as outras vertentes que a obra de Shakespeare abre ao ser humano".

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BCMF e Mach Arquitetos projetam segunda fase do Parque Científico e Tecnológico de Itajubá

Complexo em Minas Gerais contempla sede administrativa, condomínio de empresas e centro de manutenção e apoio.
Gustavo Jazra

Em meio a um terreno de 250 hectares na cidade de Itajubá, região Sul de Minas Gerais, será implantado o Parque Científico e Tecnológico de Itajubá (PCTI). A segunda fase do complexo, desenvolvida em parceria pelos escritórios de arquitetura BCMF Arquitetos e Mach Arquitetos, inclui a sede administrativa do instituto, assim como o Condomínio de Empresas e o Centro de Manutenção e Apoio.

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Com características comuns, como a opção por sistemas construtivos industrializados, os edifícios foram planejados em estrutura modular em concreto pré-fabricado. Além disso, os prédios têm soluções semelhantes para uso e controle de ventilação e iluminação naturais, e grandes aberturas que estabelecem relação de continuidade entre espaço arquitetônico e paisagem.
Tanto o edifício administrativo como o centro de convivência são divididos em dois níveis principais, sendo as atividades de caráter público situadas no térreo, em volumes isolados, e as administrativas em um bloco linear suspenso. De acordo com os arquitetos, o modelo estabelece um forte referencial da instituição pelo bloco administrativo e assegura a escala humana nas diversas ambiências do nível de acesso.
Já o condomínio de empresas, em decorrência da multiplicidade de atividades que serão praticadas, adota um princípio de ocupação orgânico sobre um grid espacial modular, com um dinâmico jogo volumétrico. O centro de manutenção e apoio, por sua vez, vai abrigar atividades técnicas e outras destinadas ao bem-estar e socialização dos funcionários do PCTI. O prédio é formado por três blocos, divididos por dois pátios.
As áreas com inclinação superior a 25% foram preservadas, fazendo com que as principais manchas de ocupação resultem do mapa de declividades. Dessa maneira, os dois vetores dos edifícios serão cercados por áreas verdes preservadas no projeto. Uma área de preservação permanente (APP) deve receber o futuro Parque Municipal de Itajubá, a partir da criação de uma grande praça circular com densa arborização, batizada como Ágora.

No final do ano passado, foi inaugurada a primeira fase do PCTI. Implantado numa área de 41 mil m², dentro do campus da Universidade Estadual de Itajubá (Unifei), o empreendimento com 1.327 m² de área construída abriga três Centros de Estudo, Investigação e Inovação (CEII) de Eficiência Energética, de Qualidade de Energia e Redes Elétricas Inteligentes e de Materiais Biofuncionais, o Núcleo de Tecnologias para Educação e Gestão (Nuteg), um Condomínio de Empresas Incubadas, Graduadas e Entidades de Apoio, além de Centro de Pesquisa de empresas.
Ficha Técnica
Parque Científico e Tecnológico de Itajubá - Fase 2
Arquitetura e Urbanismo
Autores: Bruno Campos, Marcelo Fontes, Silvio Todeschi (BCMF Arquitetos), Fernando Maculan, Mariza Machado Coelho (Mach Arquitetos)
Equipe: Mara Coelho, André Resende, Anna Lobato, Gabriela Gomes, Leonardo Rodrigues, Marta Guedán, Carolina Eboli, Patrícia Bueno
Perspectivas: BCMF Arquitetos (André Resende)
Projetos Complementares
Coordenação e Infraestrutura Urbana: Engesolo - Eugênio Teixeira
Acústica: Oppus Acústica
Ar Condicionado: Air Project
Comunicação Visual: Hardy Design
Estruturas em Concreto: Engeserj (Fundações, Contenções, Moldados in loco)/Ceprol (Pré-Moldados)
Estruturas Metálicas: Jansen Domingues
Impermeabilização: Firmino Siqueira/Isolar
Instalações: Engeth
Paisagismo: Vazio S/A - Carlos Teixeira
Prevenção e Combate a Incêndio: MM Projetos
Área total Urbanização: 666.216 m²
Àrea Edifício Administrativo: 6.455 m²
Área Condomínio de Empresas: 5.378 m²
Área Centro de Manutenção e Apoio: 1.896 m²

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Museu de Arte do Rio é inaugurado

Palacete de 1916 e prédio modernista são unidos por uma cobertura que simula a ondulação das águas. Equipe técnica criou fôrmas em EPS para obter o formato fluido da laje.
Gustavo Jazra

Foi inaugurada nesta sexta-feira (1) a primeira obra do plano de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro. O Museu de Arte do Rio (MAR), requalificado pelos arquitetos do escritório Bernardes & Jacobsen, está instalado no Palacete Dom João VI - construído em 1916 e tombado no ano 2000 pelo Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural - , e no prédio de estilo modernista ao lado, onde funcionavam o Hospital da Polícia Civil e o terminal rodoviário Mariano Procópio.

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De acordo com os arquitetos Paulo Jacobsen e Thiago Bernardes, o maior desafio foi unir construções de características distintas que já existiam. "Para cada construção analisamos diferentes níveis de tombamento e preservação", afirmam.
Em função dos pés-direitos altos e da planta de estrutura livre, foi estabelecido que o Palacete Dom João VI abrigaria as salas de exposição do museu. O prédio ao lado, de estilo modernista, vai abrigar a Escola do Olhar, ambiente destinado à formação de educadores da rede pública de ensino.
O edifício possui auditório, salas de exposição multimídia e áreas para administração e funcionários. Os pilotis, antes usados como acesso para a rodoviária, funcionam hoje como grande foyer, onde são conservadas algumas esculturas. Já as antigas marquises da rodoviária devem receber os serviços do museu.
Uma praça suspensa foi criada sobre o antigo edifício que pertencia à Polícia. Além de acessos, o edifício ainda abriga um bar e área para eventos culturais e de lazer. A intervenção implica ainda na forma como o fluxo das visitações vai acontecer: de cima para baixo.
Cobertura fluida
A intersecção entre os dois prédios é feita por meio de duas passarelas translúcidas, cobertas, e uma cobertura suspensa, que é marca do projeto. A estrutura fluida e leve da cobertura simula a ondulação da superfície da água. Com curvas desenhadas de maneira aleatória - e desníveis de até 1,5 m - a estrutura em concreto armado tem 66 m de comprimento e 25 m de largura, com espessura média de 15 centímetros.
Apoiada em 37 pilares, a laje feita em concreto pintado de branco representou um grande desafio à equipe técnica, já que fôrmas de madeira inviabilizariam sua execução. "Uma de nossas maiores dificuldades era obter uma fôrma que permitisse o formato almejado", explica a engenheira Carla Pinheiro, supervisora das obras do MAR.
A equipe técnica, então, criou um sistema de moldes em EPS capaz de suportar cargas de até 1 ton/m², suficiente para a execução segura da laje. Um protótipo de 15 m² foi desenvolvido para a realização de testes e verificação da funcionalidade do material.
Ao custo de R$ 25 mil, a "plotagem monstruosa", como menciona a supervisora da obra, foi dividida em peças e transportada até o topo do edifício através de gruas. Foram 13 horas de concretagem contínua, tempo no qual 44 caminhões betoneira descarregaram 330 m³ de concreto a partir da parte central do molde.
Apenas oito dos 37 pilares da cobertura ficam sobre o palacete, que é o prédio destinado a exposições. Segundo a engenheira, a estrutura frágil do edifício exigiu reforço e contou com a implantação de estrutura metálica interna e estacas raiz para a sustentação da cobertura. Já no prédio da Escola do Olhar, pelo qual a cobertura se estende por uma área maior, a cobertura se apoia direto nos pilares.
A iluminação da cobertura foi projetada de baixo para cima, a partir do piso. "Reforçando a ideia de movimento e fluidez sugerida pelos arquitetos", afirma Carlos Fortes, que em colaboração com Gilberto Franco, assinou o lighting design do prédio.
A obra é resultado de uma parceria entre a Prefeitura e a Fundação Roberto Marinho. A construção ficou a cargo da Engineering. Com mais de um ano de atraso, o museu, que estava previsto para ser entregue no início de 2012 com orçamento estimado em R$ 43 milhões, foi inaugurado com acréscimo de R$ 33 milhões, fechando o custo em R$ 76 milhões. "A cobertura atrapalhou muito o andamento da obra por causa do escoramento, que prendia todas as fachadas", finaliza a engenheira Carla Pinheiro.
Informações técnicas sobre a cobertura:
Data da concretagem: 05/05/2012
Dimensões: 25 m x 66 m
Área: 1.650m2
Quantidade de Aço: 70 t
Peso: 800 t
Fôrma: EPS de alta densidade
Concreto: 320 m3  (40 caminhões)
Duração da Concretagem: 13 horas

Equipe técnica envolvida na concretagem da cobertura:
Consultores: dois consultores de concreto, dois projetistas de estruturas;
Equipe de fiscalização FRM: três arquitetas
Equipe de fiscalização Engineering: quatro engenheiros, um técnico de edificações, um técnico de segurança do trabalho e um técnico de instalações;
Construtora Concrejato: seis engenheiros e 70 operários

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